A revista norte-americana Time revelou ontem a Personalidade do Ano 2015: Angela Merkel. Desde 1986, quando a eleita foi Corazon Aquino, que uma mulher não era escolhida pela Time como a personalidade do ano. Aliás, até 1999 a eleição tinha o nome de "Homem do Ano".
"Pedir mais do seu país do que a maioria dos políticos se atreveria a pedir, por se manter firme contra a tirania e a conveniência, e por liderar o país com uma moral inabalável, escassa no mundo de hoje".Para esta publicação, 2015 foi o ano da mudança política da chanceler alemã, que até então era vista como tendo uma atitude política sem carisma. E 2015 chegou com a Europa em sobressalto: as dívidas nacionais, a crise na Ucrânia, a Grécia a ferro e fogo, a catástrofe dos refugiados, os recentes atentados em Paris. E em cada uma das situações, Merkel esteve à altura. Contrariando o passado negro da Alemanha, nacionalismo, genocídio, Angela Merkel acenou com generosidade, humanidade e tolerância, mostrando que o presente e o futuro alemães são de ajuda e não de destruição.
A eleição da Personalidade do Ano da Time começou em 1927 e, desde então, apenas cinco mulheres foram eleitas, a nível individual.
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